SINAL DE VIDA

SINAL DE VIDA

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

ELISABETE JACINTO



Elisabete dos Santos Marques Jacinto, nasceu no Montijo em 8 de Junho de 1964, onde viveu a sua juventude e se formou na área de Geografia, pelo seu espírito aventureiro optou pelos desportos motorizados.




Elisabete Jacinto fez a sua estreia como piloto de todo-o-terreno em moto, em 1992, ao participar no Grândola 300 com uma Suzuki DR 350, que não terminou devido a uma queda. Ao longo desse ano participou em várias provas e foi a 9ª classificada da Classe 5 (Motos a 4 tempos até 350cc) no primeiro Troféu de Todo-o-Terreno. Em 1993 vence pela primeira vez a Taça de Senhoras do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno e é 11ª classificada da Classe 5. Em 1994 participa no Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno, com uma Honda XR 250, ficando em 12º da classe 5. Nesse ano participa pela primeira vez numa prova do Campeonato de Todo-o-Terreno espanhol, a Baja de Alta Alcarria, obtendo o 5º lugar na Classificação Geral, e na Baja de Aragon, prova da Taça do Mundo com 650 km de extensão. Em 1995 participa no Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno em Kawasaki KDX 200, vence a categoria de Senhoras e classifica-se em 18º da classe 4 (motos a 2 tempos com mais de 125cc). Nos anos seguintes continua a participar no Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno e em provas espanholas, com Suzuki RMX250, e, em 1997 inicia-se em África ao participar no Rali da Tunísia com a Suzuki DR 350, onde obteve o 2º lugar da Classe Maratona até 400cc.


Entusiasmada com o seu resultado no Rali da Tunísia, Elisabete lança-se nas provas do deserto, participando pela primeira vez, em 1998, no rali “Paris-Dakar”, numa Suzuki DR 650, mas abandona a prova na 7ª etapa, devido a problemas mecânicos resultantes de uma preparação inexperiente. Em 1999 volta a participar no “Dakar”, agora em KTM Rallye, mas também não consegue terminar o rali Granada Dakar, por ter partido o motor na travessia de um erg (também mar da areia ou mar da duna, são zonas identificadas no deserto do Sara de areia muito fina) na Mauritânia. Nesse ano ficou em 13º lugar na Taça do Mundo e foi a 1ª entre as senhoras.


Em 2000 obtém a grande vitória da sua carreira ao concluír o rali Dakar-Cairo, fazendo equipa com o piloto Mário Brás, em KTM Rallye, ficando em 49º lugar da geral e vence a Taça de Senhoras. Ainda nesse ano faz a sua primeira experiência numa prova ao volante de um automóvel de Todo-o-Terreno, na Baja TT Optiroc, tendo como co-piloto a apresentadora de televisão Cecília Carmo. Em 2001 participa no rali Paris-Dakar, em equipa com Pedro Machado, naquela que foi a prova mais dura da sua vida, após o seu carro de assistência, conduzido por José Ribeiro, ter explodido sobre uma mina na fronteira de Marrocos com a Mauritânia, Elisabete realiza ela própria todas as tarefas de assistência e terminou o rali em 56ª lugar da classificação geral. Ficou, nesse ano, em 13º lugar na Taça do Mundo e foi 1ª entre as senhoras. Ao longo desse ano, Elisabete participa na Copa Jimny, fazendo a sua iniciação à condução 4x4, com Teresa Correia como co-piloto, participa também de Jimny na Baja Esporão Vindimas, com a apresentadora de televisão Laura Santos como navegadora.




Em 2002 Elisabete não participa no "Dakar", põe fim às suas corridas em moto, continua a participar na Copa Jimny e decide iniciar-se na condução de Todo-o-Terreno em camiões. Em 2003 participa pela primeira vez no rali Telefónica Dakar ao volante de um camião, tendo como navegador o belga Charly Gotlib e como mecânico o espanhol David Martin. Nesse mesmo ano participa no Rallye Aicha des Gazelles, um rali de navegação criado só para mulheres, no qual Elisabete Jacinto e Sofia Carvalhosa vencem a categoria SUV com um Renault Kangoo. Em 2004 participa pela segunda vez de camião no Rali Paris-Dakar, num Renault Kerax 4x4, chegando em 26º lugar, torna-se numa das primeiras mulheres do mundo a concluír este rali em camião. Participa em outras provas da Taça do Mundo e, no no Rallye Optic Tunisie, torna-se na primeira mulher do Mundo a ganhar uma especial ao volante de um camião. Em 2005 volta a participar de camião no “Dakar”, com Olivier Jacmart e Rui Porêlo classificando-se em 24º da geral. Participa pela primeira vez no Rali ASMV Shamrock e vence a categoria camião.

Em 2006 a partida do “Dakar” efectua-se em Lisboa, Elisabete faz a prova a um bom ritmo de andamento mas desiste devido a uma rotura do eixo da frente do seu Renault Kerax, que a obriga a passar dois dias e duas noites junto do veículo, que é deixado em pleno deserto da Mauritânia e só é recuperado em Junho. Elisabete termina o seu contrato com a Renault Trucks, associa-se à MAN Portugal e passa o ano na sua preparação para o Lisboa-Dakar 2007. No Lisboa-Dakar de 2007, Elisabete Jacinto, no seu novo camião MAN M2000, ascende ao 21º lugar da classificação geral e ao 7º da classificação dos camiões com menos de 10 litros. Nesse ano, em que a sua antiga côr laranja da Trifene 200 é substituída pela azul da Oleoban, consegue um 2.º lugar da geral no rali da Tunísia e um 1.º no rali de Marrocos.

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